Messaggero di S. Antonio

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O mercado é uma questão de relações e as relações positivas são aquelas que fazem todos crescer e nas quais ninguém perde. Nisso, o mercado é realmente diferente do esporte/desporto.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 23/09/2022

O esporte/desporto sempre foi justaposto aos mercados e à economia, mas os paralelos nem sempre são propostos com atenção suficiente e um olhar perspicaz. Na verdade, as palavras e inspirações que o esporte/desporto pode oferecer aos mercados são diversas: algumas são boas e úteis, outras menos, e outras simplesmente enganadoras. Comecemos pelas boas. A primeira diz respeito à relação que existe nos esportes/desportos individuais entre o atleta individual e a sua equipe ou a seleção nacional.

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Esta relação é complexa, pois vive de um entrelaçamento de cooperação e competição, de muita cooperação e de poucos momentos de competição. Durante o treinamento, nas provas de estafetas, é a cooperação e a amizade que dominam: o bem de todos e o bem de cada um coincidem. Durante as competições decisivas, por outro lado, as relações tornam-se jogos de soma zero, e a competição torna-se meramente posicional: a vitória de um atleta significa a derrota de outros. Também nas relações de mercado entre os vários agentes (empresas, consumidores, fornecedores...), a grande maioria das relações são de tipo cooperativo e mutuamente benéficas (jogos de soma positiva), e as competições em que um vence em detrimento dos outros são realmente muito raras. Porquê?

Imaginemos que João é um jovem encanador/canalizador que inicia seu negócio como um pequeno empresário artesanal. A melhor - para mim a única - atitude inteligente com que tem de começar a sua empresa é perguntar a si mesmo: «Quem precisa dos meus serviços na minha cidade?», e depois procurar clientes com os quais ele possa cooperar em uma relação mutuamente benéfica. Se, pelo contrário, ele começar por se perguntar: «Onde estão os concorrentes que eu quero vencer?», João dificilmente se tornará um bom empresário, pois investirá suas energias em paixões rivais e não criativas. Porque enquanto esporte/desporto, talvez, um atleta pode também crescer direcionando suas energias para vencer seus concorrentes (mas tenho algumas dúvidas), o mercado é uma questão de relações e as relações positivas são aquelas que fazem todos crescer e nas quais ninguém perde. Nisso, o mercado é realmente diferente do esporte/desporto.

Um segundo aspecto de proximidade entre o mercado e o esporte/desporto é o papel dos concorrentes. No esporte/desporto, ter concorrentes fortes é essencial para que os atletas individuais cresçam e alcancem excelentes resultados. O mesmo acontece no mercado, onde a presença da concorrência é essencial para melhorar: os monopólios são maus para qualquer sistema econômico e social e, a longo prazo, também para o monopolista. As palavras erradas, porém, são as que dizemos quando pensamos que o esporte/desporto é apenas competição em um jogo de soma zero e, portanto, usamos as expressões «vencedor» e «perdedor» (péssimas palavras, em qualquer momento, em qualquer lugar) e as aplicamos às empresas.

Assim, não entendemos mais o que são os mercados - e o esporte/desporto - porque perdemos de vistaa leide ouro da economia: o benefício mútuo. Quando saímos de uma pizzaria e ao nosso «Obrigado»', o proprietário responde, «Obrigado a você»', estamos simplesmente dizendo que a economia em sua verdadeira natureza é uma forma de reciprocidade civil. Esta característica dos mercados era conhecida até mesmo pelos primeiros economistas do século XVIII, que esperavam que o desenvolvimento dos mercados levasse ao fim das guerras, justamente porque todo o comerciante sabe que o crescimento dos outros é a condição prévia para o seu próprio crescimento. Hoje, infelizmente, estamos esquecendo isso e, assim, negamos efetivamente a natureza pacífica da economia, utilizando as sanções como armas de guerra.

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 23/09/2022

O esporte/desporto sempre foi justaposto aos mercados e à economia, mas os paralelos nem sempre são propostos com atenção suficiente e um olhar perspicaz. Na verdade, as palavras e inspirações que o esporte/desporto pode oferecer aos mercados são diversas: algumas são boas e úteis, outras menos, e outras simplesmente enganadoras. Comecemos pelas boas. A primeira diz respeito à relação que existe nos esportes/desportos individuais entre o atleta individual e a sua equipe ou a seleção nacional.

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O esporte/desporto e o mercado

O esporte/desporto e o mercado

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Durante quarenta anos nos embriagámos com as privatizações, desmantelámos os bens públicos e os bens comuns e os confiámos ao mercado capitalista. Mas o setor privado não é a terra prometida....

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 01/07/2022

A pandemia, antes disso a crise climática, a guerra na Ucrânia e suas implicações sobre os custos e preços de quase tudo, deveria nos fazer refletir muito mais sobre a relação entre o privado e o público. Durante quarenta anos nos embriagámos com a privatização, desmantelámos bens públicos e bens comuns e os confiámos ao mercado capitalista, convencidos de que o motivo do lucro privado era a única motivação para envolver trabalhadores e empresários. Assim, ferrovias, energia, água, autoestradas e cada vez mais cuidados de saúde, escolas e universidades são administradas por capital e capitalistas privados, e os lucros que surgem desses bens comuns acabam em pouquíssimas mãos, já muito ricas.

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O paradoxo de tudo isso é que a primeira entusiasta deste dogma religioso - mais privado é igual a mais motivação e, portanto, mais eficiência - foi e continua sendo a esquerda europeia, que nasceu de uma crítica ao capitalismo e ao lucro. E assim, diante do aumento do custo dos combustíveis, que, junto com a inflação, está, dia após dia, matando de fome as famílias com salários baixos ou médios, (nos daremos conta disso dentro de alguns meses), o valor dos pedágios/portagens nas autoestradas poderia ao menos ter sido reduzido se, como nos foi prometido após o colapso da ponte de Morandi, tivesse voltado às mãos públicas. Se existe um negócio rentável e seguro, é justamente a gestão das autoestradas, ainda mais em um país longo e turístico como a Itália.

Ficamos convencidos de que o setor privado é o paraíso da nova economia, o público é um inferno e o sem fins lucrativos o purgatório. Como economista e historiador do pensamento econômico, ainda não consigo entender como esta ideia doentia e errada pode ser afirmada. Conheço as ideologias e os demagogos, mas ainda estou esperando que alguém me mostre porque é que os bens comuns são mais bem geridos pelo privado do que pelo público. A Itália inventou os municípios livres, inventou, ainda com os romanos e depois na Idade Média, a gestão comum dos recursos coletivos. Fizemos verdadeiros milagres econômicos, civis e artísticos, porque as cidades eram formas de cooperativas, consórcios de cidadãos que juntos administravam muitas atividades políticas e também muitas empresas.

O capitalismo das privatizações é um produto de importação, de países (como os EUA e a Holanda) que são antiliberais em indústrias chave e importantes, como todos nós sabemos. Precisamos repensar, imediata e profundamente, a relação entre o público e o privado. Os bens comuns ambientais globais administrados com lógica privada não só não são mais eficientes como estão sendo destruídos: basta ler o que o ecologista Garrett Hardin escreveu sobre a «tragédia dos bens comuns». E estamos vendo isso, e vendo mais a cada dia.

A saúde e os transportes são outros bens comuns onde o lucro privado é demasiado pequeno, existe uma necessidade de princípios, normas e valores que tenham presente a dimensão do Bem Comum: em algumas áreas até os interesses privados podem gerar o Bem Comum (calçado, roupas, talvez em frutas), mas em outras áreas os valores a serem protegidos são tão importantes e decisivos que devem ser administrados sem serem impulsionados pelos incentivos do lucro privado, que são fracos demais para as coisas realmente cruciais. Nós já sabíamos dessas coisas no passado. Depois vieram os novos consultores, filhos das escolas de negócios (business school), com pouca cultura humanista e muito inglês, e decidiram que o setor privado era a Terra Prometida. Eles nos convenceram, eles também convenceram os políticos, e agora estão convencendo praticamente todos, até as Igrejas. Quando nos daremos conta deste imbróglio e o chamaremos de farsa?

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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Durante quarenta anos nos embriagámos com as privatizações, desmantelámos os bens públicos e os bens comuns e os confiámos ao mercado capitalista. Mas o setor privado não é a terra prometida....

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 01/07/2022

A pandemia, antes disso a crise climática, a guerra na Ucrânia e suas implicações sobre os custos e preços de quase tudo, deveria nos fazer refletir muito mais sobre a relação entre o privado e o público. Durante quarenta anos nos embriagámos com a privatização, desmantelámos bens públicos e bens comuns e os confiámos ao mercado capitalista, convencidos de que o motivo do lucro privado era a única motivação para envolver trabalhadores e empresários. Assim, ferrovias, energia, água, autoestradas e cada vez mais cuidados de saúde, escolas e universidades são administradas por capital e capitalistas privados, e os lucros que surgem desses bens comuns acabam em pouquíssimas mãos, já muito ricas.

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A grande farsa

A grande farsa

Durante quarenta anos nos embriagámos com as privatizações, desmantelámos os bens públicos e os bens comuns e os confiámos ao mercado capitalista. Mas o setor privado não é a terra prometida.... por Luigino Bruni publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 01/07/2022 A pandemia, antes diss...
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Muitas comunidades e movimentos de nosso tempo nasceram no século XX como comunidades-esferas e hoje se encontram na necessidade de iniciar uma transição para o poliedro: é um desafio decisivo que deve ser vencido.

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 02/06/2022

O poliedro é uma imagem muito querida para o Papa Francisco (Evangelii Gaudium, no. 236). Aplicando-a às comunidades, podemos, de forma abstrata (trata-se de modelos), falar de comunidades-esfera e comunidades-poliedro.. As comunidades que nascem de um fundador tendem a ser comunidades-esferas. Nelas, como na figura geométrica correspondente, uma vez que conheço qualquer ponto da esfera e seu "em torno", conheço o todo, já que a sua estrutura regular e simétrica e a equidistância a partir do centro não trazem surpresas. As pessoas são todas semelhantes, todas orientadas da mesma maneira na mesma direção (o centro), de fato todas são iguais em seus aspectos carismáticos e em conformidade com a personalidade e o carisma do fundador. Assim, é suficiente conhecer um único membro para ter uma ideia precisa de toda a comunidade. Claro que, assim como na figura geométrica da esfera, cada ponto da superfície tem coordenadas únicas que são diferentes de todos os outros, mas o conhecimento dos diferentes pontos não me faz descobrir mais nada, porque cada ponto me dá as mesmas informações de superfície e volume.

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Nas comunidades-poliedro, por outro lado, para conhecer uma comunidade devo conhecer todos os seus rostos-pessoas, porque cada um é diferente de todos os outros, mesmo que todos pertençam à mesma realidade. Nestas comunidades não posso prescindir dos talentos e carismas de cada indivíduo e a partir deles é preciso começar a conhecer e compreender o todo (somente as comunidades-poliedro são subsidiárias). Cada nova pessoa que encontro me revela novas dimensões da comunidade, e não conheço verdadeiramente a comunidade até conhecer todos os seus membros, um por um, e a falta de apenas um me impede de conhecer a natureza de toda a comunidade e, portanto, do carisma.

As comunidades-esfera são particularmente eficientes e têm bom desempenho enquanto o fundador viver, que dá forma à esfera e a todos os seus componentes, simétricos, equidistantes, todos semelhantes uns aos outros. Não há ondulações, descontinuidades, assimetrias, saltos, sobras, arestas, desalinhamentos ou excessos. A comunidade-esfera se reproduz gerando outras esferas, todas semelhantes à esfera mãe. As comunidades-poliedro, por outro lado, devido às suas assimetrias e desalinhamentos, são difíceis de gerir, de controlar, de orientar todas para os mesmos objetivos. Criam atritos, choques, desarmonias, simplesmente devido à diversidade e às muitas maneiras em que cada um sente e vive o mesmo carisma. Crescem mais lentamente, dedicam mais tempo à ativação de processos e menos à ocupação de espaços, devem aprender a lidar com os conflitos, pois cada um dos membros é igual e diferente de todos os outros.

É nas gerações seguintes às do fundador que se manifestam as diferenças mais importantes entre estes dois tipos de comunidade. As comunidades-esfera têm grandes dificuldades em encontrar uma nova conformação quando o fundador faltar, pois elas, pela sua constituição, nasceram e cresceram simétricas e orientadas, de forma isomórfica, para o centro. As comunidades-poliedro, por outro lado, têm custos mais altos na primeira geração, especialmente custos de coordenação e alinhamento devido às muitas forças centrífugas, mas se conseguirem não se desfazer na primeira fase, depois são muito mais capazes de dar vida àquela inovação e criatividade necessárias para continuar no tempo após os fundadores. Muitas comunidades e muitos movimentos de nosso tempo nasceram no século XX como comunidades-esfera e hoje se encontram na necessidade de iniciar uma transição para o poliedro: é um desafio decisivo, que deve ser vencido.

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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Muitas comunidades e movimentos de nosso tempo nasceram no século XX como comunidades-esferas e hoje se encontram na necessidade de iniciar uma transição para o poliedro: é um desafio decisivo que deve ser vencido.

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 02/06/2022

O poliedro é uma imagem muito querida para o Papa Francisco (Evangelii Gaudium, no. 236). Aplicando-a às comunidades, podemos, de forma abstrata (trata-se de modelos), falar de comunidades-esfera e comunidades-poliedro.. As comunidades que nascem de um fundador tendem a ser comunidades-esferas. Nelas, como na figura geométrica correspondente, uma vez que conheço qualquer ponto da esfera e seu "em torno", conheço o todo, já que a sua estrutura regular e simétrica e a equidistância a partir do centro não trazem surpresas. As pessoas são todas semelhantes, todas orientadas da mesma maneira na mesma direção (o centro), de fato todas são iguais em seus aspectos carismáticos e em conformidade com a personalidade e o carisma do fundador. Assim, é suficiente conhecer um único membro para ter uma ideia precisa de toda a comunidade. Claro que, assim como na figura geométrica da esfera, cada ponto da superfície tem coordenadas únicas que são diferentes de todos os outros, mas o conhecimento dos diferentes pontos não me faz descobrir mais nada, porque cada ponto me dá as mesmas informações de superfície e volume.

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Comunidades-esfera e comunidades-poliedro

Comunidades-esfera e comunidades-poliedro

Muitas comunidades e movimentos de nosso tempo nasceram no século XX como comunidades-esferas e hoje se encontram na necessidade de iniciar uma transição para o poliedro: é um desafio decisivo que deve ser vencido. por Luigino Bruni publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 02/06/2022 O ...
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O Evangelho de Marcos (Mc 15) diz-nos que sob a cruz só havia mulheres, e entre elas Maria Madalena; mulheres que seguiram Jesus desde a Galileia até Jerusalém. As mulheres ficam de pé, elas sabem como ficar de pé sob as cruzes dos amigos.

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 02/05/2022

As guerras também são pragas da alma. O seu vírus da violência espalha-se, contagia, age à distância e infecta os corações de muito mais pessoas do que aquelas diretamente afetadas pelo conflito armado. É um mal comum global da humanidade que reduz o bem de todos, aumenta a maldade, faz a Terra perder a beleza. Já tínhamos saído divididos do Covid, envenenados uns contra os outros, e agora uma divisão se está multiplicando, em diferentes eixos, com a guerra na Ucrânia, ao ponto de tocar para estragar um belo gesto de duas mulheres sob uma cruz.

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De fato, não apenas alguns políticos, mas também intelectuais e professores católicos criticaram a escolha do Papa Francisco de ter duas mulheres, uma ucraniana e outra russa, duas cristãs, duas discípulas do crucificado, ao longo da sua via dolorosa. No entanto, não há gesto mais cristão e bíblico do que aquele que vimos na Sexta-feira Santa no Coliseu. Já passou algum tempo desde aquele dia, mas o poder desse gesto permanece intacto, e assim permanecerá no futuro.

O Evangelho de Marcos (Mc 15), o mais antigo dos evangelhos e, portanto, o mais próximo dos fatos históricos, diz-nos que sob a cruz só havia mulheres, e entre elas Maria Madalena; mulheres que seguiram Jesus desde a Galileia até Jerusalém. Os homens tinham todos fugido. Não foi só Judas que o traiu. Também o traíram, de outras formas, Pedro e todos os seus apóstolos. As mulheres não. Todos fugiram do crucifixo, as mulheres ficaram. Talvez tenham sido aquelas mulheres que contaram a Marcos e aos evangelistas sobre a cena da paixão e assim chegou até nós: entre os nossos olhos e aqueles fatos estão os olhos de mulheres, que viram, amaram e contaram. Uma companhia feminina magnífica e fiel.

As mulheres ficam de pé, elas sabem como ficar de pé sob as cruzes dos amigos. Elas sempre o fizeram e continuam a fazê-lo. Esta pintura de carne que Marcos salva e nos dá é uma homenagem a todas as mulheres, uma eterna lápide erguida para todas aquelas mulheres anônimas e esquecidas que souberam ficar sob as cruzes. O stabat é a palavra da mãe, é a palavra das mulheres. Quando o Papa Francisco pediu àquelas duas mulheres que o acompanhassem na última estação da via-sacra, ele estava citando um evangelho de carne, ele estava recriando uma cena viva da verdadeira paixão, encarnada, crucificada. Aquelas duas mulheres cristãs e amigas fizeram-nos reviver o Gólgota, retiraram esse relato da literatura e o ressuscitaram.

O Papa Francisco será lembrado pelos seus gestos, será lembrado por este gesto eclesial, humano e profético, que os políticos do mundo, amantes dos equilíbrios, não teriam feito. O Ágape é imprudente, parcial, partidário, desequilibrado, e por isso foi crucificado. Outros, no lugar de Jesus, teriam encontrado uma saída para evitar o calvário, teriam encontrado compromissos e salvações mais econômicas. Jesus não o fez, a sua fidelidade à sua própria vocação levou-o até o fim, até ao cimo do monte, e lá realmente pregado, realmente morto, e, portanto, realmente ressuscitado.

Obrigado Papa Francisco por este gesto, obrigado Albina e Irina que nos levaram de volta a 7 de abril do ano 30 em Jerusalém. Com vocês, novas cireneias, subimos também nós a montanha, sentimos em nossa carne os muitos cravos que continuam a crucificar homens e mulheres, vimos finalmente o homem das dores. Assim, o entendemos melhor, compreendemos melhor os crucificados da história. Na Sexta-feira Santa de 2022, a ressurreição começou dois dias antes, sob aquele madeiro mais vivo do que de costume. Porque as ressurreições verdadeiras não começam no sepulcro vazio: elas começam no Gólgota.

Creditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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O Evangelho de Marcos (Mc 15) diz-nos que sob a cruz só havia mulheres, e entre elas Maria Madalena; mulheres que seguiram Jesus desde a Galileia até Jerusalém. As mulheres ficam de pé, elas sabem como ficar de pé sob as cruzes dos amigos.

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 02/05/2022

As guerras também são pragas da alma. O seu vírus da violência espalha-se, contagia, age à distância e infecta os corações de muito mais pessoas do que aquelas diretamente afetadas pelo conflito armado. É um mal comum global da humanidade que reduz o bem de todos, aumenta a maldade, faz a Terra perder a beleza. Já tínhamos saído divididos do Covid, envenenados uns contra os outros, e agora uma divisão se está multiplicando, em diferentes eixos, com a guerra na Ucrânia, ao ponto de tocar para estragar um belo gesto de duas mulheres sob uma cruz.

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Com olhos de mulher

Com olhos de mulher

O Evangelho de Marcos (Mc 15) diz-nos que sob a cruz só havia mulheres, e entre elas Maria Madalena; mulheres que seguiram Jesus desde a Galileia até Jerusalém. As mulheres ficam de pé, elas sabem como ficar de pé sob as cruzes dos amigos. por Luigino Bruni publicado no site Il messaggero di Sant'...
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Se as mães e as mulheres pudessem dizer o que pensam nas mesas de negociação dos homens, diriam que a única guerra justa é aquela que não fizemos, porque toda a geopolítica do mundo não vale a vida de uma criança.  

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 21/04/2022

As mães é que deveriam escrever a história, como dizia Tanino, um escritor amigo meu. As mães deveriam escrevê-la e as mulheres deveriam gerá-la, se estivessem mais presentes nas mesas das grandes decisões políticas e econômicas, se fossem protagonistas em tratados internacionais, em negociações para acabar com as guerras ou, melhor ainda, para não as iniciar. Traímos aquelas poucas Mães constituintes que, após a aprovação do Artigo 11º da nossa Constituição, ainda com a guerra, os mortos, os campos de concentração nos olhos e no coração, desceram ao centro do hemiciclo, deram as mãos e repetiram "guerra nunca mais", selando com aquele abraço de mãos suaves uma das mais belas palavras da nossa Carta: «A Itália repudia a guerra como meio de resolução de disputas internacionais». Traímo-las como humanidade, traímo-las como Europa e Itália, enviando armas para a Ucrânia e, além disso, continuando a enviar dinheiro para a Rússia em troca de gás e petróleo, vivendo assim à letra a paródia da palavra do Evangelho: «Que a mão direita não saiba o que a mão esquerda faz».

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A gestão dos conflitos deixada inteiramente nas mãos dos homens é implacável, «testosterônica», muscular, vingativa, rival, competitiva; valores que às vezes são úteis em certas circunstâncias e esferas (no esporte/desporto, por exemplo), mas péssimos quando se «brinca à guerra» e, portanto, com sangue e com morte. Uma guerra na Europa levantou o véu sobre a nudez das nossas instituições e de nossa civilização. Fomos anestesiados pelo consumismo, pela busca do bem-estar privado. Desinvestimos dramaticamente em política, o melhor da juventude dedicou-se a outras coisas (sem fins lucrativos, organizações, cooperações, ONGs...), e o espaço da mediação da política foi ocupado por chacais e hienas. Deixámos de proteger as fronteiras, os sentinelas da noite adormeceram em seu posto de guarda enquanto viam o último episódio da última série da Netflix; pensámos que o bem comum estava confiado apenas aos interesses privados, sem nos preocuparmos com os interesses de todos. E o primeiro vento do Leste derrubou as nossas cabanas desguarnecidas. Isto não teria terminado assim se tivéssemos realmente criado uma sociedade com igual presença de homens e de mulheres. Fingimos envolvê-las, as contentámos com as cotas/quotas cor-de-rosa, mas as mantivemos fora do projeto do bem comum e da economia, fora da construção da paz e da guerra. Esta guerra apenas nos mostra o que já sabíamos.    

É impressionante rever, nestes dias de guerra, as mulheres como espectadoras de homens que se envolvem na arte da guerra, e elas, como as nossas bisavós, rezando, fugindo, cuidando das crianças e dos idosos, chorando. Passaram 80 anos nos quais chegámos à Lua e a Marte, mas na nossa capacidade de gerir, cuidar e resolver conflitos, ainda somos como o irmão que disse ao outro: «Vamos para os campos». Inventamos os mestrados, os cursos de graduação e o doutorado em línguas e comunicação não violentas, em técnicas de mediação, e ainda assim, a única reação que conhecemos quando confrontados com um invasor violento é invocar armas em resposta a outras armas, talvez citando os resistentes ou Bonhoeffer em sua rebelião contra Hitler ou a «guerra justa» de São Tomás. Se as mães e as mulheres pudessem dizer o que pensam nas mesas de negociação dos homens, diriam que a única guerra justa é aquela que não fizemos, porque toda a geopolítica do mundo não vale a vida de uma criança.  

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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Se as mães e as mulheres pudessem dizer o que pensam nas mesas de negociação dos homens, diriam que a única guerra justa é aquela que não fizemos, porque toda a geopolítica do mundo não vale a vida de uma criança.  

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 21/04/2022

As mães é que deveriam escrever a história, como dizia Tanino, um escritor amigo meu. As mães deveriam escrevê-la e as mulheres deveriam gerá-la, se estivessem mais presentes nas mesas das grandes decisões políticas e econômicas, se fossem protagonistas em tratados internacionais, em negociações para acabar com as guerras ou, melhor ainda, para não as iniciar. Traímos aquelas poucas Mães constituintes que, após a aprovação do Artigo 11º da nossa Constituição, ainda com a guerra, os mortos, os campos de concentração nos olhos e no coração, desceram ao centro do hemiciclo, deram as mãos e repetiram "guerra nunca mais", selando com aquele abraço de mãos suaves uma das mais belas palavras da nossa Carta: «A Itália repudia a guerra como meio de resolução de disputas internacionais». Traímo-las como humanidade, traímo-las como Europa e Itália, enviando armas para a Ucrânia e, além disso, continuando a enviar dinheiro para a Rússia em troca de gás e petróleo, vivendo assim à letra a paródia da palavra do Evangelho: «Que a mão direita não saiba o que a mão esquerda faz».

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Guerra, coisa de «homens»

Guerra, coisa de «homens»

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Muitas coisas na vida são valiosas porque são escassas, raras, tão raras que se tornam indispensáveis.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 17/02/2022

Nenhuma pessoa sensata jamais acreditou que muitos conhecidos possam compensar o valor de um amigo, ou que a multiplicação do número de relações humanas aumenta automaticamente a nossa felicidade. E, no entanto, a economia moderna baseou-se precisamente na ideia de que a quantidade, em si, é um valor importante. Os primeiros a perceber isto foram os fisiocratas, uma escola francesa de meados do século XVIII, os inventores do conceito moderno de Produto Interno Bruto (PIB ou GDP, em inglês). Eles introduziram a ideia de que a verdadeira riqueza de um povo não está em seu capital (palácios, minas, lagos, mares), mas em suas fontes de rendimento. Somos ricos, disseram eles, não porque temos minas de ouro, mas porque conseguimos transformar essas minas em dinheiro. Mas sem mão-de-obra e sem todo o mecanismo de transmissão econômica, podemos viver com esplêndidas jazidas de ouro e belas praias e mesmo assim permanecer pobres (e ainda vemos isso hoje). Daí a ideia de que este fluxo periódico (anual) de mercadorias é o verdadeiro indicador da riqueza de um país, de uma empresa, de uma família. E, portanto, que a riqueza está ligada à quantidade.

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Em um mundo com poucos bens e uma pobreza endêmica de coisas e rendimento, como era há algumas décadas (e como continua sendo ainda em muitas partes do mundo), um indicador de quantidade de bens produzidos expressava algo importante, e sempre haverá a necessidade, em todas as economias, de um indicador de produção (talvez medido um pouco melhor do que o atual PIB). Mas quanto mais uma sociedade desenvolve dimensões intangíveis de bem-estar, mais ela começa a dar importância à qualidade e menos os indicadores de quantidade são os importantes. Existem dimensões da qualidade que são fáceis de traduzir em quantidade (e preço): hotéis, conforto, roupas, casas... Mas existem outras, cada vez mais decisivas, que permanecem intraduzíveis em quantidade e quando fazemos isso as distorcemos, não as entendemos mais. Uma noite com um querido amigo ou com a pessoa que eu amo geralmente não vale mais se convidarmos dez pessoas para aquele jantar. Isto também se aplica a coisas muito simples. Pensemos em uma pessoa pobre que só tem um bom vestido de festa (lembro de minha avó). Ela cuida dele, guarda-o porque sabe que é o único. Se esta pessoa ficar rica e comprar dez bons vestidos de domingo, certamente a sua quantidade de coisas vai aumentar, mas o valor do bem «vestido de domingo» será reduzido, pois não será mais 1, mas 1/10, uma fração do valor anterior.

Ou então, pensando nas relações humanas, há pessoas e atividades que são importantes na vida precisamente porque, e somente porque, são únicas: uma esposa, um pai, aquela pessoa, eu, você. A multiplicação de coisas que são importantes porque são únicas as rebaixa. Uma verdade antiga, mas que é posta em crise radical pela civilização da quantidade. Que também está entrando progressivamente no reino das relações humanas. É difícil dar alguns presentes a pessoas especiais pois seria preciso muito tempo, que não temos mais, e um presente único escolhido e pensado para ela ou para ele; e assim, em vez de um presente, damos dez pequenos presentes, pensando que, no final, o número compensará a pouca qualidade colocada nessa relação. Não conseguimos cultivar nenhuma amizade real e, cada vez mais, nos iludimos de que uma centena de amigos no Facebook valem tanto quanto aquele amigo que não existe mais por negligência mútua. E agora com os áudios do WhatsApp podemos até desistir de falar ao telefone, porque monólogos menos «caros» e exigentes são suficientes. Muitas coisas na vida valem a pena porque são escassas, raras, tão raras que se tornam indispensáveis.


Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA 

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Muitas coisas na vida são valiosas porque são escassas, raras, tão raras que se tornam indispensáveis.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 17/02/2022

Nenhuma pessoa sensata jamais acreditou que muitos conhecidos possam compensar o valor de um amigo, ou que a multiplicação do número de relações humanas aumenta automaticamente a nossa felicidade. E, no entanto, a economia moderna baseou-se precisamente na ideia de que a quantidade, em si, é um valor importante. Os primeiros a perceber isto foram os fisiocratas, uma escola francesa de meados do século XVIII, os inventores do conceito moderno de Produto Interno Bruto (PIB ou GDP, em inglês). Eles introduziram a ideia de que a verdadeira riqueza de um povo não está em seu capital (palácios, minas, lagos, mares), mas em suas fontes de rendimento. Somos ricos, disseram eles, não porque temos minas de ouro, mas porque conseguimos transformar essas minas em dinheiro. Mas sem mão-de-obra e sem todo o mecanismo de transmissão econômica, podemos viver com esplêndidas jazidas de ouro e belas praias e mesmo assim permanecer pobres (e ainda vemos isso hoje). Daí a ideia de que este fluxo periódico (anual) de mercadorias é o verdadeiro indicador da riqueza de um país, de uma empresa, de uma família. E, portanto, que a riqueza está ligada à quantidade.

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O valor das coisas (e das pessoas)

O valor das coisas (e das pessoas)

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O que significa caminhar juntos em economia hoje?  O planeta é o principal destinatário do Sínodo, porque durante demasiado tempo os seres humanos caminharam, demasiado rápido, sem levar consigo a natureza e o planeta.

por Luigino Bruini

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 13/01/2022

O caminho sinodal aberto pela Igreja italiana poderia ter efeitos significativos também sobre a economia, e é bom que os tenha, pois um evento eclesial tão importante que não chegue a mudar também a vida econômica, que é onde se concentram as maiores oportunidades e as maiores injustiças, veria o seu alcance muito reduzido, além de que isso impediria que essa graça coletiva se tornasse verdadeiramente história. Sínodo significa em grego "caminhar juntos", e é, portanto, uma palavra que sublinha o valor da comunhão dentro da comunidade eclesial.

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Mas o que significa caminhar juntos na economia de hoje? O planeta é o principal destinatário do Sínodo, porque durante demasiado tempo os seres humanos caminharam, demasiado rápido, sem levar consigo a natureza e o planeta. E assim a oikonomia do planeta se distanciou da economia dos humanos, tornaram-se inimigas. A segunda cresceu em detrimento da primeira e quebrou a ordem da criação que sempre foi impressa nas coisas. Portanto, a dimensão ecológica, a ecologia integral, é um outro nome para este Sínodo, que deve, por isso, ser lido em conjunto com o magistério do Papa Francisco, com o movimento Fridays for Future (Sextas-feiras para o futuro) e com a "Laudato si". Ou este Sínodo será integralmente ecológico, ou não o será, como São Francisco nos ensinou com seu Cântico Cósmico.

Além disso, «caminhar juntos» deve levar a uma mudança na inclusão dos descartados pelo sistema capitalista, aqueles que não conseguem acompanhar o ritmo desenfreado da nossa economia: isto também é ecologia integral, onde o grito da Terra e o grito dos pobres são o mesmo grito. Um objetivo que deve ser procurado não só e não tanto acelerando o passo daqueles que ficaram para trás, mas abrandando o daqueles que estão à frente, pois a Terra não pode mais suportar a pegada ecológica do homem desenfreado.

Um Sínodo para a economia, para os economistas, para o trabalho e para as empresas, deve, portanto, tornar-se mudança para formas de produção mais participativas, porque a sinodalidade pode e deve tornar-se também uma palavra da economia. Enfim, o Sínodo deve conduzir a Itália (e não apenas) para um consumo de bens e serviços capazes de caminhar junto com a justiça, com a luta contra a miséria e contra a fome no mundo. Não é mais tolerável que uma parte do mundo gaste para perder peso e para tratar as doenças de excesso de peso uma quantia próxima do que a outra parte do mundo precisaria para sobreviver e levar uma vida decente.

Enchemos o planeta de bens (a massa total das construções humanas já ultrapassou a biomassa total da natureza), muitas vezes o tornamos mais bonito com os nossos artefatos, mas nunca será suficientemente bonito a menos que finalmente aprendamos a caminhar juntos. Se este processo sinodal não der origem também a uma economia diferente da atual, os seus efeitos serão muito reduzidos, pois uma vida eclesial que não abrace também a economia, as empresas, os bancos e o trabalho é demasiado pequena, atraiçoa a Bíblia e o Evangelho, e não consegue mudar o mundo.

Hoje, a economia é a nova gramática social e se o cristianismo quiser continuar a sua tradição social e civil deve fazer de tudo para que os cristãos, como indivíduos e como comunidades, nunca desviem o olhar dos efeitos econômicos de sua fé, porque o primeiro «caminhar juntos», a primeira necessidade de unidade e comunhão, é aquela entre as várias dimensões da nossa vida cristã, que não devem mais caminhar separadas umas das outras.

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA 

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O que significa caminhar juntos em economia hoje?  O planeta é o principal destinatário do Sínodo, porque durante demasiado tempo os seres humanos caminharam, demasiado rápido, sem levar consigo a natureza e o planeta.

por Luigino Bruini

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 13/01/2022

O caminho sinodal aberto pela Igreja italiana poderia ter efeitos significativos também sobre a economia, e é bom que os tenha, pois um evento eclesial tão importante que não chegue a mudar também a vida econômica, que é onde se concentram as maiores oportunidades e as maiores injustiças, veria o seu alcance muito reduzido, além de que isso impediria que essa graça coletiva se tornasse verdadeiramente história. Sínodo significa em grego "caminhar juntos", e é, portanto, uma palavra que sublinha o valor da comunhão dentro da comunidade eclesial.

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Sínodo ou economia integral

Sínodo ou economia integral

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A vida de um só homem vale mais do que qualquer capital, a sua vida não é mensurável com o metro econômico.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 29/12/2021

Sempre fiquei impressionado e intrigado com o episódio narrado por Marcos (5:1-20) do possuído de Jerash: Jesus o cura, enviando o seu demônio plural ("legião") para uma vara de dois mil porcos, os quais depois se atiram em um lago, onde todos morrem, provocando o protesto de seus donos que imploram para que o Messias vá embora. Talvez Marcos tenha inserido o material narrando o episódio de um exorcismo particularmente difícil e espetacular de Jesus em um fato semelhante ocorrido na região (uma vara de porcos suicidou-se no lago). O detalhe dos dois mil porcos, entretanto, é importante.

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O que parece impressionar os habitantes de Jerash e os pastores não é tanto a cura do possuído, mas o suicídio coletivo dos porcos. E é por causa desta perda patrimonial (os porcos eram um «bem» essencial na economia da época) que os proprietários imploram a Jesus que vá embora. Estamos dentro de um conflito econômico-patrimonial. Como acontecerá em Éfeso (Atos 19,27) com Demétrio, que construiu templos de prata e ouro de Ártemis: Jesus, os apóstolos e a sua mensagem entram em conflito com os patronos da economia local.

A chegada do Evangelho anunciou-se como uma ameaça real aos negócios deles. De fato, não entendemos a hostilidade em relação a Jesus e depois à Igreja primitiva sem considerar os efeitos diretos e colaterais que a sua mensagem produzia na economia. Hoje os historiadores concordam em identificar as dimensões econômicas como uma das causas do triste epílogo da história de Jesus, que, ao criticar radicalmente a indústria do templo e os ricos, e exaltando os pobres, contrariou os principais interesses de sua sociedade, sobretudo aqueles do templo.

Neste episódio, Marcos nos diz que para Jesus, uma única alma salva é mais importante do que o valor econômico de uma enorme manada de animais. Um único homem vale mais do que qualquer capital, a sua vida não é mensurável com o metro econômico. O fato de querer relatar a reação dos proprietários do rebanho revela uma intenção explícita de Marcos: querer destacar este conflito sócio-econômico. Jesus não foi apenas criticado e perseguido pelos escribas e fariseus, ele não foi amado nem mesmo pelos patrões, pelos proprietários de terras, pelos titulares de capitais móveis e imóveis, que se tornam aliados implícitos dos demônios.

É impressionante, de fato, que os dois grupos que se entristecem com o milagre de liberação de Jesus sejam «os demônios e os donos dos porcos», que juntos lhe dizem para ir embora. Os proprietários lhe pedem «com insistência» para ir embora; os demônios lhe imploram «com insistência» que ele «não os expulse da região». A mesma insistência, a fim de salvar um contrato de vantagem mútua entre demônios e porcos: existem proprietários de capital que preferem a coabitação com demônios à chegada do Evangelho, porque sabem que os seus capitais poderiam continuar a existir e a produzir receitas mesmo abrigando demônios dentro deles; estão dispostos a fazer qualquer coisa, até mesmo vender suas almas ao diabo, a fim de não renunciar aos seus interesses.

Melhor, então, viver em coabitação com os demônios do que ter que compartilhar as riquezas com os pobres. Também porque, enquanto Deus e o Mamon são incompatíveis, riquezas e demônios andam muito bem juntos, e os capitalistas sempre esperaram poder colocar até mesmo o diabo a render. Mas não sabem que às vezes os porcos se atiram ao mar, porque o poder da Palavra que liberta é maior do que os interesses. Muitas vezes não conseguimos ver isto. Esta história nos diz que a última palavra sobre a vida não será a do capital

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA 

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A vida de um só homem vale mais do que qualquer capital, a sua vida não é mensurável com o metro econômico.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 29/12/2021

Sempre fiquei impressionado e intrigado com o episódio narrado por Marcos (5:1-20) do possuído de Jerash: Jesus o cura, enviando o seu demônio plural ("legião") para uma vara de dois mil porcos, os quais depois se atiram em um lago, onde todos morrem, provocando o protesto de seus donos que imploram para que o Messias vá embora. Talvez Marcos tenha inserido o material narrando o episódio de um exorcismo particularmente difícil e espetacular de Jesus em um fato semelhante ocorrido na região (uma vara de porcos suicidou-se no lago). O detalhe dos dois mil porcos, entretanto, é importante.

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Primeiro o homem, depois o capital

Primeiro o homem, depois o capital

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Se a economia realmente quiser evoluir para a sustentabilidade, ela deve tornar-se menos animal e mais vegetal.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 11/11/2021

A «transição ecológica» é um mantra do nosso tempo. Quase sempre, porém, a transição ecológica é reduzida a um problema tecnológico, político, talvez até jurídico e comportamental dos cidadãos, sem questionar o paradigma econômico que gerou os desastres ambientais que estamos observando e sofrendo. A economia, teórica e prática, dos últimos dois séculos tem seguido um paradigma animal. Ao pensar nas empresas, em especial, imaginou-as como um homem, ou um veado: o cérebro, do qual tudo depende, a divisão dos órgãos que corresponde à divisão das funções. Velocidade de movimentação perante as crises (incêndio, fome, perigos), como os animais sabem fazer tão bem, e hierarquia entre os vários órgãos.

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Mas a lógica animal não é a única lógica que existe na Terra. A vasta quantidade de vida no planeta também é composta de plantas. As plantas - cerca de cinco milhões de anos - seguiram uma estratégia evolutiva diferente: elas «escolheram» ficar fixas, ancoradas no chão. Esta opção fundamental determinou o diferente caminho evolutivo das plantas e, indiretamente, dos animais. As plantas, de fato, tiveram que aprender a conhecer perfeitamente o ambiente onde foram fixadas, a desenvolver até vinte sentidos para medir e monitorar tudo ao seu redor, porque se se passar toda a vida no mesmo lugar, tem que se conhecer perfeitamente aquele lugar.

E como os animais viviam comendo as plantas, elas tiveram que desenvolver uma grande resiliência, que as ajudasse a resistir e continuar a viver mesmo quando perdiam uma grande parte de seu corpo - uma planta pode continuar a viver mesmo que perca 80-90 por cento de seu corpo - e como não tinham cérebro nem órgãos, tiveram que aprender a pensar, ver, sentir e comunicar com todo o seu corpo, valorizando, sobretudo, as periferias, as áreas mais em contato com o meio ambiente. Acima de tudo, elas tiveram que aprender a viver em perfeita cooperação com toda a floresta, porque uma árvore sobrevive se desenvolver relações mútuas com toda a floresta.

A economia moderna alcançou resultados surpreendentes em termos de riqueza, graças à sua velocidade e capacidade predatória (movendo-se diante de um problema em busca de novos recursos). Certamente não seguiu as plantas no seu estar ancoradas no solo, no seu ver, pensar, agir com todo o corpo. E assim, a economia ficou mais vulnerável: se se atingir uma empresa na cabeça ou no coração, a empresa morre (basta ver o que muitas vezes acontece quando o fundador se aposenta). Se a economia realmente quer evoluir para a sustentabilidade, deve tornar-se menos animal e mais vegetal. Menos hierarquia e maior distribuição de poder, menos velocidade, menos movimentação física de pessoas e bens, mais ancoragem ao território, mais capacidade de pensar e ver com todo o corpo.

As cooperativas tentaram uma organização vegetal (território, pouca hierarquia, cada membro é o centro), mas na competição global as grandes multinacionais prevaleceram. O século XXI verá grandes cooperativas horizontais e vegetais, uma economia lenta (slow economy) ligada ao território, organizações horizontais capazes de ver, pensar e ouvir com todo o corpo. Se isso não acontecer, a economia verde (green economy) será mais uma pintura que não muda a natureza do modelo econômico. Aprendamos com as plantas e com a sua inteligência: elas estão ao nosso lado há milhões de anos, mas não as vimos realmente. Para vê-las, precisamos desacelerar a nossa corrida frenética, parar, olhar para elas, compreender e depois aprender. 

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA 

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Se a economia realmente quiser evoluir para a sustentabilidade, ela deve tornar-se menos animal e mais vegetal.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 11/11/2021

A «transição ecológica» é um mantra do nosso tempo. Quase sempre, porém, a transição ecológica é reduzida a um problema tecnológico, político, talvez até jurídico e comportamental dos cidadãos, sem questionar o paradigma econômico que gerou os desastres ambientais que estamos observando e sofrendo. A economia, teórica e prática, dos últimos dois séculos tem seguido um paradigma animal. Ao pensar nas empresas, em especial, imaginou-as como um homem, ou um veado: o cérebro, do qual tudo depende, a divisão dos órgãos que corresponde à divisão das funções. Velocidade de movimentação perante as crises (incêndio, fome, perigos), como os animais sabem fazer tão bem, e hierarquia entre os vários órgãos.

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Aprendamos com as plantas

Aprendamos com as plantas

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O aumento da inveja social é acima de tudo um sinal de deterioração da nossa vida democrática: e isto deve realmente nos preocupar profundamente.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 19/10/2021

«O comércio ensinou as nações a verem a riqueza e a prosperidade umas das outras com benevolência. Antes o cidadão desejava que todos os outros países fossem fracos, pobres e mal governados, exceto o seu próprio: agora ele vê em sua riqueza e progresso uma fonte direta de riqueza e progresso para seu próprio país». (J.S. Mill, Principles of Political Economy, 1848). Esta frase do grande economista e filósofo inglês é uma das mais belas definições do que o mercado realmente é, quando nos libertamos das ideologias de ontem e de hoje e o encaramos como uma economia civil, onde, portanto, a possibilidade de trocar e produzir é uma forma da liberdade moderna e um meio de civilização.

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Esta filosofia não foi apenas a dos comerciantes florentinos, mas também inspirou os primeiros frades franciscanos. Na verdade, se quiséssemos resumir em uma linha o que consistia a novidade ética na raiz do nascimento da economia de mercado na Europa, poderíamos dizer: a transformação da inveja em benevolência. A riqueza dos outros, que no mundo antigo e no início da Idade Média era uma ocasião de inveja, raiva social e, portanto, violência, por volta do século XIII começou a se tornar algo positivo. O comércio tornou-se o primeiro mecanismo que pode operar a transformação da inveja em benevolência. 

Se existe a possibilidade de negociar com aqueles que são mais ricos do que eu, então posso direcionar uma parte da sua riqueza em meu benefício. Um comércio que, de um assunto limitadíssimo, marginal e eticamente suspeito, se tornou assim no século XIV uma arte civil, bem vista por todos. O comércio se transformou em mercatura civil, graças a um grande trabalho teológico, especialmente dos mestres franciscanos e dos dominicanos. Sem a improvável e imprevista aliança entre a altíssima pobreza dos franciscanos e a riqueza civil dos comerciantes, não teríamos tido os milagres econômicos, sociais, religiosos e artísticos do final da Idade Média, do humanismo, e hoje a Itália e a Europa seriam muito mais pobres. 

Mas esta grande e boa transformação da inveja, um sentimento natural, não é apenas uma boa lei econômica, é a regra de ouro da vida em comum. O que aprendemos na escola, quando compreendemos que se eu não sou o melhor da classe, em vez de invejar aqueles que são melhores do que eu, é melhor tentar estudar com ele ou ela. E depois, no mundo do trabalho, em nosso escritório, tornar os nossos melhores colegas nos nossos aliados, para crescermos juntos e assim transformar a energia negativa e destrutiva da inveja, o único vício não associado ao prazer, mas à dor. Educar os jovens para a anti-inveja significa educá-los para a cooperação.

Enquanto estivermos em uma sociedade bloqueada, onde os filhos dos pobres serão certamente eles mesmos pobres, ver a riqueza dos outros só nos causa emoções negativas, entre as quais a inveja, porque não conseguimos ver nada de bom para nós na riqueza dos outros. Quando a mobilidade social aumenta, quando a criança hoje mais pobre tem boas esperanças de que, se trabalhar muito, no duro, amanhã poderá viver melhor, então as riquezas dos outros (pelo menos uma parte) tornam-se emulação e imitação das virtudes que as geraram.

É por isso que devemos nos entristecer e protestar por uma Itália onde a mobilidade social está diminuindo, onde a probabilidade de hoje se ter uma vida melhor do que a dos próprios pais está em queda em comparação com a geração anterior. Curámos a inveja com a democracia. Portanto, o aumento da inveja social é acima de tudo um sinal de deterioração da nossa vida democrática: e isto deve nos preocupar profundamente.

Créditos foto: © Giuliano Dinon / Arcquivo MSA 

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O aumento da inveja social é acima de tudo um sinal de deterioração da nossa vida democrática: e isto deve realmente nos preocupar profundamente.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 19/10/2021

«O comércio ensinou as nações a verem a riqueza e a prosperidade umas das outras com benevolência. Antes o cidadão desejava que todos os outros países fossem fracos, pobres e mal governados, exceto o seu próprio: agora ele vê em sua riqueza e progresso uma fonte direta de riqueza e progresso para seu próprio país». (J.S. Mill, Principles of Political Economy, 1848). Esta frase do grande economista e filósofo inglês é uma das mais belas definições do que o mercado realmente é, quando nos libertamos das ideologias de ontem e de hoje e o encaramos como uma economia civil, onde, portanto, a possibilidade de trocar e produzir é uma forma da liberdade moderna e um meio de civilização.

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E os franciscanos derrotaram a inveja...

E os franciscanos derrotaram a inveja...

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É preciso ter consciência e mantê-la sempre viva, que cada vez que permitimos que um «não» entre em nossas vidas, aquele «não» se multiplica, torna-se uma montanha, e reduz o horizonte de liberdade para nós e para todas e todos.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 23/09/2021

O prêmio Nobel de Economia Thomas Schelling, nos anos 60 do século passado, desenvolveu modelos que nos ajudam a compreender certos fenômenos sócio-políticos. Em particular, ele mostrou como as restrições pessoais que parecem «normais» produzem, com agregações e em grande escala, resultados muito radicais que as pessoas não desejavam e nem previam no início de um processo. Se, por exemplo, cada uma das alunas no primeiro dia de aula pensasse: «Eu não gostaria de sentar em uma mesa entre dois meninos», esta preferência individual produziria uma classe com as meninas todas de um lado e os meninos todos do outro. E poderíamos continuar com outros exemplos semelhantes.

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Os estudos de Schelling também oferecem sugestões importantes para a democracia e para a vida comunitária. Esses estudos nos fazem entender porque certos fenômenos «macro» e coletivos que parecem muito polarizados e extremos são o resultado de preferências individuais que são muito menos polarizadas e extremas. Em outras palavras, as oposições ideológicas sobre questões éticas ou políticas - sobre a vida, sobre a orientação sexual, sobre as e os imigrantes, sobre a Europa, sobre as vacinas... - tendem a se tornar muito mais exasperadas e polarizadas do que as pessoas, consideradas uma a uma, pensariam, e isto acontece quando passamos de indivíduos a grandes sujeitos coletivos (partidos, movimentos). Daí a experiência de que nos diálogos privados há menos oposição do que nos movimentos-partidos em que esses indivíduos votam e são representados por eles. Portanto, uma dica prática: se as e os cidadãos não querem partidos radicais, é uma boa ideia reduzir ao mínimo suas restrições e condições de preferências pessoais, pois uma restrição que nos parece pouco exigente é muito ampliada em nível coletivo. 

Mas pensemos também na vida comunitária. Nas comunidades, aqueles hábitos e práticas coletivas que, vistos de fora (e às vezes até de dentro) parecem bizarros ou excessivos, geralmente surgem de pessoas que, consideradas uma a uma, são muito menos «bizarras» do que sua comunidade. Alguns hábitos (na forma de rezar, gesticular, sentar-se à mesa, conversar...) não são desejados por ninguém considerados isoladamente, mas são criados pelas amplificações da agregação. Os líderes devem estar bem conscientes destas coisas, porque a consciência é a única maneira de evitar desvios fundamentalistas; tais desvios podem ser impedidos se a pessoa for capaz de não ceder demais às deformações individuais que, consideradas em si mesmas, não parecem ser tão graves, mas se tornam graves quando somadas às dos outros.

É preciso ter consciência e mantê-la sempre viva, que cada vez que permitimos que um «não» - «não» a uma pessoa, a uma dimensão da diversidade... - entre em nossas vidas, esse «não» se multiplica, torna-se uma montanha, e reduz o horizonte de liberdade para nós e para todas e todos. E nos encontramos em um mundo que não agrada nem mesmo a nós, porque, quando ainda tínhamos tempo, não mantivemos o nosso coração e o nosso mundo aberto. A educação das crianças e dos jovens é essencial neste aspecto, pois é nos primeiros anos de vida que estes «não's» começam a se infiltrar nas fendas educacionais. Eles entram, crescem e depois se multiplicam em nossas comunidades. Conseguimos realizar os milagres políticos e econômicos da segunda metade do século XX porque a grande dor das guerras havia eliminado muitos «não's» na educação de nossos pais. Hoje, enquanto estamos no meio de outras guerras, devemos evitar que esses «não's» reentrem em nossos corações e produzam novos monstros coletivos. O desafio é decisivo, não podemos perdê-lo.

Creditos foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA 

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É preciso ter consciência e mantê-la sempre viva, que cada vez que permitimos que um «não» entre em nossas vidas, aquele «não» se multiplica, torna-se uma montanha, e reduz o horizonte de liberdade para nós e para todas e todos.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 23/09/2021

O prêmio Nobel de Economia Thomas Schelling, nos anos 60 do século passado, desenvolveu modelos que nos ajudam a compreender certos fenômenos sócio-políticos. Em particular, ele mostrou como as restrições pessoais que parecem «normais» produzem, com agregações e em grande escala, resultados muito radicais que as pessoas não desejavam e nem previam no início de um processo. Se, por exemplo, cada uma das alunas no primeiro dia de aula pensasse: «Eu não gostaria de sentar em uma mesa entre dois meninos», esta preferência individual produziria uma classe com as meninas todas de um lado e os meninos todos do outro. E poderíamos continuar com outros exemplos semelhantes.

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De restrições e contraposições

De restrições e contraposições

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A ecologia deve ser incluída na economia, naquela economia ecológica integral que é a grande mensagem da encíclica «Laudato si'».

por Luigino Bruni

publicado no site Messaggero di Sant'Antonio em 11/08/2021

O tema econômico do momento é a transição ecológica. Mas os sinais são ambíguos. Em vez de colocar uma pessoa com uma forte e clara sensibilidade ecológica no Ministério da Economia, colocamos um homem do Banco da Itália e das finanças, e depois colocamos outro homem-masculino para a transição ecológica - que, a propósito, vem da nossa maior empresa pública de armas. Assim, a "lógica dos tempos" continua, o que nos trouxe às condições ecológicas que todos nós vemos. Esta lógica dicotômica faz com que a economia e as finanças atuem de acordo com as suas próprias regras (ou seja, anistias fiscais, o renascimento do jogo, etc.) e paralelamente o Ministro de Transição oriente para a ecologia a economia, que é concebida e conduzida sem ser ecológica no início. Sabemos, no entanto, que se a economia não é «imediatamente» e desde o início ecológica, ela se torna imediatamente deseconomia. A ecologia deve ser inserida na economia, naquela economia ecológica integral que é a grande mensagem da Laudato si'.

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Também os bilhões que estão chegando da Europa são ambíguos. Eles não apenas não garantem uma solução para os nossos problemas, como também podem representar um novo problema. O influxo de dinheiro significa um aumento da dívida pública, já que boa parte desses bilhões são empréstimos, com melhores e boas condições, mas ainda assim dívida, que se soma à dívida atual (que aumentou nos últimos dois anos). E assim continuamos a despejar nossos problemas no futuro, como no passado recente. Chamamos isso de Operação Next Generation EU, mas por enquanto estamos deixando a próxima geração com enormes dívidas. É por isso que um fundo de riqueza deveria ser uma política complementar aos empréstimos de ajuda da Europa e ao aumento da dívida interna. Porque quando vivemos crises enormes como esta da Covid, não é ético transferir as consequências dos custos extraordinários para os filhos. Se somos uma comunidade, quando a casa queima ou desmorona, aqueles que vivem naquela casa, e têm os recursos para fazê-lo, devem usá-los para o «bem comum».

Esse é o chamado  princípio de subsidiariedade, que diz que antes de pedir ajuda à Europa, nós, como país, devemos assumir a responsabilidade aqui e agora de encontrar os recursos e reparar a casa que está caindo em ruínas. Pois se este gasto é feito com dívidas, não apenas repassamos nossos custos aos jovens, mas também fazemos com que os mais pobres paguem a conta. Nós tributamos os que não são ricos. Porque a tributação geral é coberta pela tributação geral, o que significa com o trabalho dos funcionários e das classes baixa e média, porque é bem conhecido o quanto os empresários, os freelancers e os verdadeiramente ricos pagam: reparar os danos extraordinários com os impostos comuns significa pedir aos pobres que paguem pelo reparo das casas dos ricos, e fazer com que as próximas gerações e as classes baixas paguem a conta por nossas tragédias. Uma profunda injustiça, que se repete há séculos no silêncio da mídia, porque quem escreve e aprova leis são os mesmos que detêm as rédeas da grande opinião pública.

Tudo isso, e muito mais, foi discutido no dia nacional da Slotmob em 10 de julho contra os jogo de azar (francescoeconomy.org), e depois (será discutido) no Festival de Economia Civil (www.festivalnazionaleeconomiacivile.it) em Florença (Palazzo Vecchio) de 24 a 26 de setembro. Continuar a pensar na economia em profundidade, para que o mundo não continue a sofrer muito «por falta de reflexão».

Creditos Foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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A ecologia deve ser incluída na economia, naquela economia ecológica integral que é a grande mensagem da encíclica «Laudato si'».

por Luigino Bruni

publicado no site Messaggero di Sant'Antonio em 11/08/2021

O tema econômico do momento é a transição ecológica. Mas os sinais são ambíguos. Em vez de colocar uma pessoa com uma forte e clara sensibilidade ecológica no Ministério da Economia, colocamos um homem do Banco da Itália e das finanças, e depois colocamos outro homem-masculino para a transição ecológica - que, a propósito, vem da nossa maior empresa pública de armas. Assim, a "lógica dos tempos" continua, o que nos trouxe às condições ecológicas que todos nós vemos. Esta lógica dicotômica faz com que a economia e as finanças atuem de acordo com as suas próprias regras (ou seja, anistias fiscais, o renascimento do jogo, etc.) e paralelamente o Ministro de Transição oriente para a ecologia a economia, que é concebida e conduzida sem ser ecológica no início. Sabemos, no entanto, que se a economia não é «imediatamente» e desde o início ecológica, ela se torna imediatamente deseconomia. A ecologia deve ser inserida na economia, naquela economia ecológica integral que é a grande mensagem da Laudato si'.

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A lógica do penhasco

A lógica do penhasco

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Em um momento em que o capitalismo mostra a sua incapacidade de salvar o planeta e os pobres, o pontificado de Francisco propõe importantes desafios para a vida econômica e financeira.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 24/06/2021

No dia 25 de janeiro de 1959, o Papa João XXIII, três meses após a sua eleição, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II. Na Itália estávamos em meio a um boom econômico, os movimentos da juventude de 68 estavam distantes, os Beatles ainda não se tinham formado. Aquele Papa idoso conseguiu sonhar com uma Igreja e um mundo que ainda não existia. João XXIII e nele a Igreja (na sua maioria) conseguiu ler os sinais dos tempos antes que eles mudassem. Ele viu, leu e deu voz aos sinais frágeis de seu próprio tempo. E então ele agiu, convocando um Concílio que fez a Igreja mudar antes da sociedade civil, interceptando o sopro do Espírito no momento/kairós oportuno.

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A enorme importância épica daquele Conselho também dependia de sua capacidade de antecipar os tempos. A Igreja Católica, que é considerada um ícone da lentidão dos processos de mudança cultural, era então mais rápida do que a sociedade civil. Ela compreendeu de antemão que havia uma demanda de participação, de comunidade, de protagonismo do povo, de superação de certas estruturas hierárquicas inadequadas, de retorno à centralidade das Escrituras, e que as pessoas pediam mais espaço e mais escuta.

Hoje, o Papa Francisco se encontra em uma condição, subjetiva e objetiva, semelhante à de João XXIII. Com a Laudato si' e Fratelli tutti ele voltou a colocar a dimensão econômica e ecológica no centro. E em um momento em que o capitalismo mostra a sua incapacidade de salvar o planeta e os pobres, o pontificado de Francisco propõe importantes desafios para a vida econômica e financeira.      

Se, como seu grande legado, o Papa Francisco também quisesse convocar um Concílio Vaticano III - e creio que seria muito útil e necessário - é muito provável que ele o centralizasse em torno da economia e da ecologia. Os sinais da economia que governou o mundo nestes últimos dois séculos, não é mais adequado aos novos desafios ambientais e sociais que começam a ser muito fortes. O Papa Francisco é a única autoridade ética mundial que está realizando sua própria reflexão profunda e sistemática sobre a crise do capitalismo e o seu destino, e para entender isto basta interpretar o movimento dos jovens economistas e empresários que ele lançou: A economia de Francisco (francescoeconomy.org).   

O desafio agora é fazer com que a sua ação e o seu pensamento se tornem a ação e o pensamento de toda a Igreja. O Conselho Ecumênico é o instrumento para esta passagem da profecia individual de um Pontífice para a profecia eclesial coletiva. Certamente seria um evento diferente daquele de João XXIII (e Paulo VI), porque hoje envolver todos os bispos do mundo (que cresceu em número) requer outros instrumentos. E sobretudo porque, depois do Concílio Vaticano II, um novo Concílio ecumênico não poderia permanecer apenas em uma questão de bispos, mas deveria também envolver seriamente os leigos; não poderia ser apenas uma questão de homens, mas deveria também envolver seriamente as mulheres; nem apenas uma questão de adultos, mas deveria também envolver seriamente os jovens; nem apenas uma questão de católicos, mas deveria envolver as outras Igrejas, religiões e ateus de boa vontade.

A Igreja de Francisco hoje teria os recursos para preparar uma nova mudança épica, a do «capitalismo» após o capitalismo. Porque uma nova cultura e prática econômica precisam não apenas de novas técnicas, de novas leis ou de novas teorias, mas sim de um novo espírito que não é aprendido nas business school ou mesmo nas universidades. O espírito nasce da alma das pessoas e dos povos. Francisco sabe muito bem disso, e a sua Igreja pode dar isso a todos.

Crédito Foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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Em um momento em que o capitalismo mostra a sua incapacidade de salvar o planeta e os pobres, o pontificado de Francisco propõe importantes desafios para a vida econômica e financeira.

por Luigino Bruni

publicado no site Il Messaggero di Sant'Antonio em 24/06/2021

No dia 25 de janeiro de 1959, o Papa João XXIII, três meses após a sua eleição, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II. Na Itália estávamos em meio a um boom econômico, os movimentos da juventude de 68 estavam distantes, os Beatles ainda não se tinham formado. Aquele Papa idoso conseguiu sonhar com uma Igreja e um mundo que ainda não existia. João XXIII e nele a Igreja (na sua maioria) conseguiu ler os sinais dos tempos antes que eles mudassem. Ele viu, leu e deu voz aos sinais frágeis de seu próprio tempo. E então ele agiu, convocando um Concílio que fez a Igreja mudar antes da sociedade civil, interceptando o sopro do Espírito no momento/kairós oportuno.

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A.A.A. Procura-se um novo Concílio

A.A.A. Procura-se um novo Concílio

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O que ainda falta na economia circular para que ela seja também «civil», e, até, de «comunhão»?

por Luigino Bruni

publicado no site Il messaggero di Sant'Antonio em 10/05/2021

A «Economia circular» parece ser a palavra de ordem da nova economia verde e sustentável. Certamente não podemos negar que a circularidade no uso dos recursos é uma conquista importante da nossa civilização, e que a rede de interna de cada organização deve ser pensada, cada vez mais, com um impacto próximo e tendendo a zero. Tudo isso é agora tão evidente que não há necessidade de acrescentar mais nada às  muitas páginas que foram escritas, em todos os níveis, incluindo o Next Generation EU Fund, todo ele construído em torno desta nova filosofia econômica.

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Por outro lado, pode ser útil refletir sobre o que é que ainda falta na economia circular, para que ela seja além de «civil», e, até, de «comunhão». Antes de tudo, a ética não é apenas uma questão ambiental; deve ser ambiental, mas, também algo mais. Foi emblemático que o governo italiano, assim que o novo Ministério de Transição Energética foi lançado, tenha aprovado uma anistia/amnistia fiscal sobre as declarações de impostos.

E seria muito importante que os governos assumissem o mesmo empenho que colocam no combate ao C02, também para combater o «C02 da desigualdade», como disseram os jovens da Economia de Francisco; que utilizassem a mesma energia para eliminar o escândalo dos paraísos fiscais, que é a maior evasão fiscal legal do capitalismo; e que, com a mesma força, pedissem às empresas e bancos multinacionais que ganharam, e muito, com a pandemia, para restituirem parte desses lucros extras, talvez para pagar as vacinas para os países mais pobres.

Além disso, há vários anos que existe uma espécie de efeito de crowding-out (exclusão) das dimensões verdes em relação às outras dimensões. Todo o mundo da cooperação internacional com os Países em vias de desenvolvimento, as cooperativas sociais, as organizações criadas para lidar com os excluídos e as diversas formas de pobreza, estão experimentando uma redução progressiva de recursos que estão sendo alocados para programas de sustentabilidade ambiental. É como se os «pobres e só os pobres» tivessem desaparecido da Terra, ou como se cuidar do meio ambiente significasse automaticamente cuidar da redução da pobreza. Um dos grandes temas da encíclica Laudato sì é a unicidade do grito da Terra e do grito dos pobres; mas a nova onda de economia circular corre fortemente o risco de esquecer este segundo grito, absorvido pelo primeiro.

Uma economia circular também é civil e de comunhão se, enquanto faz de tudo para recuperar os desperdícios de recursos, faz o mesmo, e talvez ainda mais, para recuperar os «humanos descartados», ou para reduzir o desemprego. No entanto, já são muitas as empresas circulares que não demonstram qualquer interesse nem pela pobreza, nem pela equidade salarial e nem mesmo pela criação de emprego. Nos novos balanços ambientais podemos encontrar contabilidades maravilhosas no plano circular, mas que dispensam/despedem milhares de trabalhadores para maximizar os lucros. Os lucros: ninguém fala nos manuais da economia circular sobre o destino dos lucros que proveem do respeito pelo meio ambiente.

A ecologia integral também inclui o uso dos lucros, os impostos pagos e não pagos, o bem-estar dos trabalhadores e a criação de emprego. Uma economia civil e de comunhão requer a capacidade de chamar o homem e a mulher de irmão e irmã, e não apenas a Terra. O humanismo bíblico e cristão sabe que o homem ( Adam), nascido da Terra (adamah), é chamado a cuidar (shamar) da criação e também do seu irmão: não podemos continuar imitando o Adão no cuidado da Terra e Caim no não-cuidado (shomer) do seu irmão.

Crédito da Foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA

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Abel e a economia circular

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