stdClass Object
(
[id] => 20319
[title] => Aproveitar a vida
[alias] => aproveitar-a-vida-2
[introtext] => Como adultos, só conseguimos desfrutar da vida assim: desacelerando, parando a corrida, encontrando um lugar — dois, no máximo — para depois naufragar nesse mar. Parece um diminuir, mas na realidade é um crescer em vida boa...
por Luigino Bruni
Publicado no site Messaggero di Sant'Antonio, 04/07/2025
Alguns dias atrás, uma amiga me contou sobre as férias da mãe dela e disse: «Ela vai passar as férias no mesmo lugar onde vai todos os anos, sente-se muito bem ali, ‘ela gosta mesmo daquele lugar’.» Fiquei impressionado com a ideia daquela senhora já idosa e que ainda consegue “desfrutar” da vida. Porquê? Porque há muitas formas de “desfrutar” a vida, hoje como no passado, em todo o mundo e em qualquer idade.
[fulltext] =>
Existe o modo dos jovens, quando a energia sem fim e o desejo infinito de viver os levam a encontrar prazer em muitas coisas — em quase tudo. Porque a vida que se aproxima ao seu meio-dia lança luz sobre tudo ao redor: uma corrida pela manhã, uma noite na pizzaria, uma conversa com lágrimas e abraços — em tudo os jovens encontram vida e alegria de viver (mesmo que ainda precisemos entender melhor o que está acontecendo com essa alegria nas muitas horas solitárias diante dos smartphones...)
Depois, há o modo das crianças de desfrutar a vida. Aqui tudo é realmente graça. As crianças desfrutam da vida simplesmente vivendo, não importa o que façam — até mesmo quando adormecem em qualquer lugar, ainda estão “desfrutando” dela. Estão sempre correndo, se movendo, perguntando, confiando em qualquer adulto que confundem com os pais e familiares (e aí reside a sua vulnerabilidade especial). A vida envolve tudo com a sua plenitude: não há idade em que se desfrute mais da vida do que na infância. Por isso, o contato com as crianças é essencial para a vida boa de todos.
Desfrutar a vida torna-se mais complicado na vida adulta — e ainda mais na velhice. É difícil porque a generosidade e a gratuidade naturais dos jovens diminuem, enquanto a tendência (ou tentação) para procurar a vida para consumi-la aumenta. Sentimos que a vida está escapando e, para não a perder, tentamos pará-la por um instante, possuindo-a, capturando-a, devorando-a. Corremos para agarrar a vida do lado de fora: diversão, bebidas, restaurantes, cruzeiros, férias o ano todo. Cometemos o erro do Ulisses de Dante, que busca a salvação fora, além das colunas de Hércules. Acabamos devorando a vida, consumindo pessoas e tudo o que encontramos. E quanto mais envelhecemos, mais isso cresce.
E, por fim, há as férias da mãe da minha amiga: ela espera o ano todo por aquele lugar, aquele lugar único, aquele lugar onde encontra algo íntimo. Não é um hotel de cinco estrelas, nem um restaurante com chef renomado: é uma casa, um ventre bom, um òikos, um ambiente externo e totalmente interno ao mesmo tempo. Ali acontece algo semelhante ao que o homem antigo sentia ao entrar num templo, ou ao que o monge vivia ao entrar no coro: o tempo é trespassado e a eternidade é tocada.
Como adultos, só conseguimos desfrutar da vida assim: desacelerando, parando a corrida, encontrando um lugar — dois, no máximo — para depois naufragar nesse mar. Parece um diminuir, mas na realidade é um crescer em vida boa: é aprender, já de adultos, a desfrutar realmente da única coisa verdadeiramente essencial: a vida.
Crédito da foto: © Giuliano Dinon / Arquivo MSA
[checked_out] => 0
[checked_out_time] => 0000-00-00 00:00:00
[catid] => 889
[created] => 2025-09-15 04:20:43
[created_by] => 64
[created_by_alias] => Luigino Bruni
[state] => 1
[modified] => 2025-11-04 10:14:02
[modified_by] => 64
[modified_by_name] => Antonella Ferrucci
[publish_up] => 2025-07-07 01:12:40
[publish_down] => 0000-00-00 00:00:00
[images] => {"image_intro":"","float_intro":"","image_intro_alt":"","image_intro_caption":"","image_fulltext":"","float_fulltext":"","image_fulltext_alt":"","image_fulltext_caption":""}
[urls] => {"urla":false,"urlatext":"","targeta":"","urlb":false,"urlbtext":"","targetb":"","urlc":false,"urlctext":"","targetc":""}
[attribs] => {"article_layout":"","show_title":"","link_titles":"","show_tags":"","show_intro":"","info_block_position":"","info_block_show_title":"","show_category":"","link_category":"","show_parent_category":"","link_parent_category":"","show_associations":"","show_author":"","link_author":"","show_create_date":"","show_modify_date":"","show_publish_date":"","show_item_navigation":"","show_icons":"","show_print_icon":"","show_email_icon":"","show_vote":"","show_hits":"","show_noauth":"","urls_position":"","alternative_readmore":"","article_page_title":"","show_publishing_options":"","show_article_options":"","show_urls_images_backend":"","show_urls_images_frontend":"","helix_ultimate_image":"images\/2025\/09\/15\/Godersi_la_vita@MSA_Lug-ago_2025_ant_thumbnail.jpg","helix_ultimate_image_alt_txt":"","spfeatured_image":"images\/2025\/09\/15\/Godersi_la_vita@MSA_Lug-ago_2025_ant_thumbnail.jpg","helix_ultimate_article_format":"standard","helix_ultimate_audio":"","helix_ultimate_gallery":"","helix_ultimate_video":"","video":""}
[metadata] => {"robots":"","author":"","rights":"","xreference":""}
[metakey] =>
[metadesc] =>
[access] => 1
[hits] => 255
[xreference] =>
[featured] => 1
[language] => pt-BR
[on_img_default] => 0
[readmore] => 2940
[ordering] => 0
[category_title] => BR - MSA
[category_route] => economia-civile/it-editoriali-vari/it-msa
[category_access] => 1
[category_alias] => br-msa
[published] => 1
[parents_published] => 1
[lft] => 77
[author] => Luigino Bruni
[author_email] => ferrucci.anto@gmail.com
[parent_title] => IT - Editoriali vari
[parent_id] => 893
[parent_route] => economia-civile/it-editoriali-vari
[parent_alias] => it-editoriali-vari
[rating] => 0
[rating_count] => 0
[alternative_readmore] =>
[layout] =>
[params] => Joomla\Registry\Registry Object
(
[data:protected] => stdClass Object
(
[article_layout] => _:default
[show_title] => 1
[link_titles] => 1
[show_intro] => 1
[info_block_position] => 0
[info_block_show_title] => 1
[show_category] => 1
[link_category] => 1
[show_parent_category] => 1
[link_parent_category] => 1
[show_associations] => 0
[flags] => 1
[show_author] => 0
[link_author] => 0
[show_create_date] => 1
[show_modify_date] => 0
[show_publish_date] => 1
[show_item_navigation] => 1
[show_vote] => 0
[show_readmore] => 0
[show_readmore_title] => 0
[readmore_limit] => 100
[show_tags] => 1
[show_icons] => 1
[show_print_icon] => 1
[show_email_icon] => 1
[show_hits] => 0
[record_hits] => 1
[show_noauth] => 0
[urls_position] => 1
[captcha] =>
[show_publishing_options] => 1
[show_article_options] => 1
[save_history] => 1
[history_limit] => 10
[show_urls_images_frontend] => 0
[show_urls_images_backend] => 1
[targeta] => 0
[targetb] => 0
[targetc] => 0
[float_intro] => left
[float_fulltext] => left
[category_layout] => _:blog
[show_category_heading_title_text] => 0
[show_category_title] => 0
[show_description] => 0
[show_description_image] => 0
[maxLevel] => 0
[show_empty_categories] => 0
[show_no_articles] => 1
[show_subcat_desc] => 0
[show_cat_num_articles] => 0
[show_cat_tags] => 1
[show_base_description] => 1
[maxLevelcat] => -1
[show_empty_categories_cat] => 0
[show_subcat_desc_cat] => 0
[show_cat_num_articles_cat] => 0
[num_leading_articles] => 0
[num_intro_articles] => 14
[num_columns] => 2
[num_links] => 0
[multi_column_order] => 1
[show_subcategory_content] => -1
[show_pagination_limit] => 1
[filter_field] => hide
[show_headings] => 1
[list_show_date] => 0
[date_format] =>
[list_show_hits] => 1
[list_show_author] => 1
[list_show_votes] => 0
[list_show_ratings] => 0
[orderby_pri] => none
[orderby_sec] => rdate
[order_date] => published
[show_pagination] => 2
[show_pagination_results] => 1
[show_featured] => show
[show_feed_link] => 1
[feed_summary] => 0
[feed_show_readmore] => 0
[sef_advanced] => 1
[sef_ids] => 1
[custom_fields_enable] => 1
[show_page_heading] => 0
[layout_type] => blog
[menu_text] => 1
[menu_show] => 1
[secure] => 0
[helixultimatemenulayout] => {"width":600,"menualign":"right","megamenu":0,"showtitle":1,"faicon":"","customclass":"","dropdown":"right","badge":"","badge_position":"","badge_bg_color":"","badge_text_color":"","layout":[]}
[helixultimate_enable_page_title] => 1
[helixultimate_page_title_alt] => Messaggero di S. Antonio
[helixultimate_page_subtitle] => Economia Civil
[helixultimate_page_title_heading] => h2
[page_title] => Messaggero di S. Antonio
[page_description] =>
[page_rights] =>
[robots] =>
[access-view] => 1
)
[initialized:protected] => 1
[separator] => .
)
[displayDate] => 2025-09-15 04:20:43
[tags] => Joomla\CMS\Helper\TagsHelper Object
(
[tagsChanged:protected] =>
[replaceTags:protected] =>
[typeAlias] =>
[itemTags] => Array
(
)
)
[slug] => 20319:aproveitar-a-vida-2
[parent_slug] => 893:it-editoriali-vari
[catslug] => 889:br-msa
[event] => stdClass Object
(
[afterDisplayTitle] =>
[beforeDisplayContent] =>
[afterDisplayContent] =>
)
[text] => Como adultos, só conseguimos desfrutar da vida assim: desacelerando, parando a corrida, encontrando um lugar — dois, no máximo — para depois naufragar nesse mar. Parece um diminuir, mas na realidade é um crescer em vida boa...
por Luigino Bruni
Publicado no site Messaggero di Sant'Antonio, 04/07/2025
Alguns dias atrás, uma amiga me contou sobre as férias da mãe dela e disse: «Ela vai passar as férias no mesmo lugar onde vai todos os anos, sente-se muito bem ali, ‘ela gosta mesmo daquele lugar’.» Fiquei impressionado com a ideia daquela senhora já idosa e que ainda consegue “desfrutar” da vida. Porquê? Porque há muitas formas de “desfrutar” a vida, hoje como no passado, em todo o mundo e em qualquer idade.
[jcfields] => Array
(
)
[type] => intro
[oddeven] => item-odd
)

